Claudia Perpetuo Pfeiffer


realname: Claudia Perpetuo Pfeiffer
abreviatura: Pfeiffer, C. P.
nacionalidade: Brasileira
anonascimento: 1972
sexo: Feminino
nivel: Doutorado [Mudança de Nível: Doutorado Direto]
mes_matricula: 03/1996
mes_defesa: 06

[Total de meses: 63]

titulo: Distribuição e Regulação de Proteínas Ligantes de Cálcio no Sistema Visual de Pintos (Gallus gallus).

linha: Organização Funcional do Sistema Visual.

projeto: Proteínas ligantes de cálcio no sistema nervoso

area: Neurofisiologia

biblioteca: ICB I
volumes: 1
num_paginas: 107
idioma: Português
palavras_chave: sistema visual; proteínas ligantes de cálcio; imuno-histoquímica; lesão; depressão alastrante; pintos

resumo: A partir da descoberta de que íons cálcio precisam estar associados a proteínas ligantes de cálcio para atuarem em sistemas fisiológicos, passou a haver um maior interesse no estudo dessas proteínas. Em relação a essas proteínas, existe a hipótese de que elas são um dos componentes necessários para a manutenção da homeostase do cálcio, evitando a ocorrência de morte nas células onde se encontram presentes. A ausência da homeostase do cálcio neuronal pode ser a causa de muitas doenças degenerativas.
Foi objetivo deste trabalho a caracterização da distribuição das proteínas ligantes de cálcio calretinina (CR), calbindina (CB) e parvalbumina (PV) no sistema visual de pintos, assim como também a avaliação dos efeitos de manipulações experimentais, tais como lesões de retina e depressão alastrante sobre a imunorreatividade para essas proteínas, considerando que a sobrevivência de neurônios em quadros patológicos pode estar associada com a presença destas proteínas.
Nas áreas retinorrecipientes do cérebro de pintos pode-se perceber graus variados de distribuição destas proteínas. Em várias das estruturas analisadas a imunorreatividade para CR ocorreu muito intensamente, a saber: núcleo óptico principal talâmico, folheto intergeniculado (IGL), núcleo lentiforme mesencefálico, porção magnocelular, núcleo da raiz óptica basal (nBOR) e nas camadas 1 e 13 do tecto óptico (TeO). No caso do IGL apenas os pericários apresentaram uma intensidade muito forte na marcação, e no caso do nBOR a imunorreatividade muito intensa foi constatada apenas para a neurópila. Quanto às proteínas CB e PV, uma alta intensidade da marcação imuno-histoquímica foi constatada em um número menor de estruturas quando comparada com a marcação para CR. A área pré-tectal foi uma estrutura que se destacou pela intensa imunorreatividade a anticorpos contra CB, assim como as camadas 5 e 6 do TeO. Já para PV, a marcação mais intensa observada foi no nBOR e na camada 4 do TeO. No caso da PV, a única estrutura que não apresentou imunorreatividade para esta proteína foi o núcleo geniculado lateral ventral. De modo geral, portanto, todas as proteínas ligantes de cálcio estão amplamente distribuídas ao longo das estruturas retinorrecipientes aqui analisadas.
Já quanto aos efeitos de lesões de retina e depressão alastrante, só puderam ser observadas diferenças na imunorreatividade em uma única estrutura visual analisada, o TeO. Pode ser descrito como efeito generalizado de lesões retinianas uma alteração na imunorreatividade para CR no TeO, com uma diminuição para as camadas 1 e 10, e um aumento paralelo de corpos celulares marcados nas camadas 11 e 12. Nas células da camada 13 houve apenas a diminuição dos processos associados a corpos celulares imunorreativos. Para a proteína CB pode-se observar uma diminuição generalizada de corpos celulares e processos nas camadas superficiais (1 a 10) do TeO. Já para a proteína PV, o padrão da imunorreatividade foi semelhante entre lados controle e experimental.
Em quadros de depressão alastrante, pode ser observado um ligeiro aumento na imunorreatividade para a CR no TeO, nas camadas mais profundas (10 a 13). Já CB e PV pareceram ter sua expressão diminuída, sendo a diminuição para CB mais acentuada do que para a PV, ambas ocorrendo apenas nas camadas mais superficiais do TeO (1 a 10).
Os estudos feitos com lesões de retina e depressão alastrante parecem apontar para um padrão distinto de suscetibilidade dessas proteínas perante manipulações experimentais que alterem a atividade sináptica.

orientadores: Luiz Roberto Giorgetti de Britto

financiadores: Bolsa FAPESP; CNPq (Outro auxílio financeiro); PRONEX/MCT (Outro auxílio financeiro): 60 meses

banca: Dânia Emi Hamassaki-Britto;
Newton Sabino Canteras;
Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello;
Rubem Carlos Araújo Guedes;
Luiz Roberto Giorgetti de Britto