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titulo: A pinealectomia modifica o metabolismo do tecido adiposo e sua adaptaçào ao jejum e ao horário do dia
linha: Regulação da ação da insulina
projeto: O papel da glândula pineal sobre o metabolismo do tecido adiposo branco em ratos
area: Fisiologia Endócrina
biblioteca: ICB1-USP
volumes: 1
num_paginas: 92
idioma: Português
palavras_chave: pinealectomia; jejum;
ritmo circadiano; tecido adiposo; insulina (efeitos biológicos);
interações hormonais
resumo:
Estudos clássicos indicam
que a pineal possui forte influência moduladora sobre o metabolismo
em geral. Este trabalho investigou o efeito da pinealectomia sobre o metabolismo
de carboidratos no tecido adiposo branco de ratos em diferentes horários
do dia ou durante o jejum.
Ratos Wistar, pinealectomizados (PX) há seis semanas e controles
(CO) de mesma idade, foram sacrificados em 2 diferentes condições:
1) alimentados (ZT=1, ZT=9 e ZT=16); e 2) em jejum (jj) (jj12 e 36 h).
Os adipócitos peri-epididimais foram isolados e submetidos a ensaios
biológicos in vitro (captação de glicose, oxidação
total a CO2 e incorporação de glicose em lipídeos
e binding de insulina aos receptores). Amostras de sangue foram retiradas
da veia cava inferior destes animais para determinações plasmáticas
bioquímicas e hormonais.
A pinealectomia provocou diminuição
da captação de glicose insulino-estimulada em todas as condições
descritas, mas não interferiu com a ligação da insulina
aos seus receptores. Ao longo do jejum, ocorreu uma queda progressiva na
lipogênese basal e um aumento na resposta à insulina, abolida
pela pinealectomia. A oxidação também diminuiu com
o jejum de 36 h em ambos os grupos de animais, porém, esta queda
foi menos intensa nos animais PX. A pinealectomia intensificou a atividade
máxima oxidativa de glicose nos animais alimentados, mas não
em jejum. A lipogênese a partir da glicose se mostrou constante ao
longo do dia no grupo CO; com a pinealectomia, detectou-se um forte nível
de atividade lipogênica em ZT=9. Observamos uma alteração
no perfil diário da atividade oxidativa em decorrência da
pinealectomia nos pontos amostrados. Os valores glicêmicos e inslinêmicos
não diferiram entre os grupos CO e PX. Entretanto, a corticosterona
foi mais elevada em PX em todas as condições estudadas, enquanto
que a leptina não diferiu entre os grupos, exceto no jejum, com
queda mais intensa no grupo PX.
Podemos concluir que: 1) A pinealectomia causa resistência à
insulina persistente, em animais alimentados em todos os horários
do dia e durante o jejum, sem alterar o binding de insulina; 2) Com a pinealectomia
intensificou-se a atividade do eixo HHA; 3) O perfil diário e a
amplitude das atividades oxidativa e lipogênica foi modificado em
decorrência da pinealectomia; 4) A pineal parece modular diferencialmente
a resposta à insulina no tecido adiposo.
orientadores: Fabio Bessa Lima
financiadores: Bolsa FAPESP (24 meses)
banca: José Cipolla
Neto
Claudia Maria da Penha Oller do
Nascimento
Fabio Bessa Lima