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titulo: EFEITO AGUDO DOS ÁCIDOS GRAXOS NA SECREÇÃO DE INSULINA EM ILHOTAS DE LANGERHANS
linha: Biologia celular da secreção
projeto: Ação de ácidos graxos livres na secreção de insulina em ilhotas de ratos com desnutrição perinatal
area: Fisiologia
biblioteca: Biblioteca do Instituto
de Ciências Biomédicas I
volumes: 1
num_paginas: 95
idioma: Português
palavras_chave: Secreção
de insulina;Ácidos graxos livres;Ilhotas isoladas de humanos; Ilhotas
isoladas de ratos; Desnutrição; Glicose
resumo: Os ácidos graxos (AGL)
têm um reconhecido envolvimento no processo de secreção
de insulina estimulada pela glicose.A exposição
prolongada a AGL promove uma diminuição na secreção,
enquanto a exposição aguda potencializa a secreção
de insulina estimulada pela glicose. O efeito dos AGL pode variar
em razão de suas estruturas, porém os resultados observados
na literatura são contraditórios. Não foram encontrados
relatos, até o momento, de estudos em ilhotas de humanos avaliando
a ação aguda de ácidos graxos no processo secretório.
Todavia, os resultados observados na literatura se o efeito dos AGL é
influenciado pela sua estrutura e se são dependentes de concentrações
estimulatórias de glicose, são contraditórios
. O efeito agudo direto dos AGL sobre a secreção de insulina
tem sido investigado e indicam que esse efeito pode variar em razão
de suas estruturas, porém os resultados observados são contraditórios.
O presente estudo teve como finalidade
investigar o envolvimento de 6 diferentes tipos de AGL na secreção
de insulina em ilhotas isoladas de ratos e humanos em
diferentes concentrações de glicose.
Ilhotas de Langerhans de ratos incubadas
com 0,5mM de AGL agudamente, observa-se um efeito estimulatório,
dependente de glicose. A potencialização da resposta secretória
foi maior na concentração de 16,7mM de glicose. Em 3,3mM
e 8,7mM o efeito é pequeno ou ausente. O efeito potencializador
dos ácidos graxos de cadeia longa (palmitato e estearato) foi maior
quando comparado com o de cadeia média (octanoato). Os ácidos
graxos saturados (palmitato e estearato) foram maiores potencializadores
que os insaturados (palmitoleato, linoleato e elaidato).
No estudo da secreção
de insulina em ilhotas isoladas de ratos em sistema de perfusão,
0,5mM de qualquer um dos AGL não teve efeito em 3,3mM de glicose,
mas promoveu um acentuado aumento na resposta secretória quando
em meio contendo 16,7mM de glicose, independentemente da perfusão
ter iniciado com glicose na presença ou ausência de AGL. Apenas
o palmitato potencializou mais a secreção quando as
ilhotas foram primeiro estimuladas por glicose +AGL.
Em ilhotas de humanos incubadas com AGL osresultados são semelhantes
ao obtidos em ilhotas de ratos normais.Os AGL potencializaram a secreção
de insulina estimulada pela glicose e os maiores efeitos foram dos AGL
de cadeia longa e saturado, na presença de 16,7mM de glicose.
Iinvestigou-se também,
se o efeito dos AGL se mantém em ilhotas isoladas de ratos cujas
mães foram submetidos a restrição protéica
no ínicio da lactação. Ilhotas desses animais apresentam
menor resposta secretória a glicose, e apresentam defeitos no processo
de acoplamento entre o estímulo e a secreção de insulina.
Apesar da baixa responsividade a concentrações de glicose
estimulatória, observada nesses animais, os AGL tiveram efeito potencializador
maior em Ilhotas de ratos submetidos a restrição protéica,
tanto nos protocolos de incubação como nos de
perfusão, quando comparados ao grupo controle.
O conjunto de dados deste trabalho
indica que os AGLs , quando expostos por curto espaço de tempo em
ilhotas de Langerhans, potencializam a secreção de insulina
estimulada pela glicose. Este efeito é mais evidente em AGLs com
cadeia carbônica longa e menos evidente naqueles com cadeia média
ou os que apresentam insaturações. A potencialização
exercida pelos AGLs é maior em concentrações
acima de 8,3 mM de glicose. Os dados também enfatizam a complexa
interrelação entre nutrientes no controle da secreção
de insulina e abrem novas perspectivas para o estudo dos mecanismos de
ação dos AGL nas célula b pancreáticas.
orientadores: Paulo Cezar de Freitas Mathias
financiadores: CAPES - PICDT -48 MESES
banca: ANA LYDIA SAWAYA
ANGELO RAFAEL CARPINELLI
CARLA ROBERTA DE OLIVEIRA CARVALHO
EVERARDO MAGALHÃES CARNEIRO
PAULO CEZAR DE FREITAS MATHIAS
atividade_futura: Com vínculo
tipo_instituicao: Instituição
de Ensino e Pesquisa
espectativa_atuacao: Pesquisa
area_titulacao: sim