Clarice Gravena


realname: Clarice Gravena
abreviatura: Gravena C.
nacionalidade: Brasileira
anonascimento: 1960
sexo: Feminino
nivel: Doutorado
mes_matricula: 03/1998
mes_defesa: 07

[Total de meses: 52]

titulo: EFEITO AGUDO DOS ÁCIDOS GRAXOS NA SECREÇÃO DE INSULINA EM ILHOTAS DE LANGERHANS

linha: Biologia celular da secreção

projeto: Ação de ácidos graxos livres na secreção de insulina em ilhotas de ratos com desnutrição perinatal

area: Fisiologia

biblioteca: Biblioteca do Instituto de Ciências Biomédicas I
volumes: 1
num_paginas: 95
idioma: Português
palavras_chave: Secreção de insulina;Ácidos graxos livres;Ilhotas isoladas de humanos; Ilhotas isoladas de ratos; Desnutrição; Glicose

resumo: Os ácidos graxos (AGL) têm um reconhecido envolvimento no processo  de secreção de insulina estimulada pela glicose.A exposição   prolongada a AGL promove uma diminuição na secreção, enquanto a exposição aguda potencializa  a secreção de insulina estimulada pela glicose.  O efeito dos AGL pode variar em razão de suas estruturas, porém os resultados observados na literatura são contraditórios. Não foram encontrados relatos, até o momento, de estudos em ilhotas de humanos avaliando  a ação aguda de ácidos graxos no processo secretório. Todavia, os resultados observados na literatura se o efeito dos AGL é influenciado pela sua estrutura e se são dependentes de concentrações estimulatórias de glicose,  são contraditórios . O efeito agudo direto dos AGL sobre a secreção de insulina tem sido investigado e indicam que esse efeito pode variar em razão de suas estruturas, porém os resultados observados são contraditórios.
O presente estudo teve como finalidade investigar o envolvimento de 6 diferentes tipos de AGL na secreção de insulina em ilhotas   isoladas  de ratos e humanos em diferentes concentrações de glicose.
Ilhotas de Langerhans de ratos incubadas com 0,5mM de AGL agudamente, observa-se um efeito estimulatório, dependente de glicose. A potencialização da resposta secretória foi maior na concentração de 16,7mM de glicose. Em 3,3mM e 8,7mM o efeito é pequeno ou ausente. O efeito potencializador dos ácidos graxos de cadeia longa (palmitato e estearato) foi maior quando comparado com o de cadeia média (octanoato).  Os ácidos graxos saturados (palmitato e estearato) foram maiores potencializadores que os insaturados (palmitoleato, linoleato e elaidato).
No estudo da secreção de insulina em ilhotas isoladas de ratos em sistema de perfusão, 0,5mM de qualquer um dos AGL não teve efeito em 3,3mM de glicose,  mas promoveu um acentuado aumento na resposta secretória quando em meio contendo 16,7mM de glicose, independentemente da perfusão ter iniciado com glicose na presença ou ausência de AGL. Apenas o palmitato  potencializou mais a secreção quando as ilhotas foram primeiro estimuladas por glicose +AGL.
        Em ilhotas de humanos incubadas com AGL osresultados são semelhantes ao obtidos em ilhotas de ratos normais.Os AGL potencializaram a secreção de insulina estimulada pela glicose e os maiores efeitos foram dos AGL de cadeia longa e saturado, na presença de 16,7mM de glicose.
Iinvestigou-se também,  se o efeito dos AGL se mantém em ilhotas isoladas de ratos cujas mães foram submetidos a restrição protéica no ínicio da lactação. Ilhotas desses animais apresentam menor resposta secretória a glicose, e apresentam defeitos no processo de acoplamento entre o estímulo e a secreção de insulina. Apesar da baixa responsividade a concentrações de glicose estimulatória, observada nesses animais, os AGL tiveram efeito potencializador maior em Ilhotas de ratos submetidos a restrição protéica, tanto nos protocolos de  incubação como nos de  perfusão, quando comparados ao grupo controle.
O conjunto de dados deste trabalho indica que os AGLs , quando expostos por curto espaço de tempo em ilhotas de Langerhans, potencializam a secreção de insulina estimulada pela glicose. Este efeito é mais evidente em AGLs com cadeia carbônica longa e menos evidente naqueles com cadeia média ou os que apresentam insaturações. A potencialização exercida pelos AGLs é maior em  concentrações acima de 8,3 mM de glicose. Os dados também enfatizam a complexa interrelação entre nutrientes no controle da secreção de insulina e abrem novas perspectivas para o estudo dos mecanismos de ação dos AGL nas célula b pancreáticas.

orientadores: Paulo Cezar de Freitas Mathias

financiadores: CAPES - PICDT -48 MESES

banca: ANA LYDIA SAWAYA
ANGELO RAFAEL CARPINELLI
CARLA ROBERTA DE OLIVEIRA CARVALHO
EVERARDO MAGALHÃES CARNEIRO
PAULO CEZAR DE FREITAS MATHIAS
 

atividade_futura: Com vínculo
tipo_instituicao: Instituição de Ensino e Pesquisa
espectativa_atuacao: Pesquisa
area_titulacao: sim