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titulo: O território hepático participa do aumento da sensibilidade à insulina induzido pelo baixo consumo de etanol
linha: Mecanismos fisiopatológicos
envolvidos na resistência insulínica. Obesidade e Diabetes
Mellitus.
projeto: Efeito do consumo leve a moderado de etanol sobre a sensibilidade à insulina no tecido hepático
area: Fisiologia Endócrina
biblioteca: Biblioteca do Instituto
de Ciências Biomédicas I
volumes: 1
num_paginas: 62
idioma: Português
palavras_chave: sensibilidade à
insulina; etanol; baixo consumo de etanol; sinalização da
insulina
resumo: O consumo leve a moderado
de álcool está associado à redução de
diversos fatores de risco de doença cardiovascular. Alguns estudos
em humanos sugerem que o álcool exerce influência na maioria
desses fatores de risco por aumentar a sensibilidade à insulina.
No entanto, esses estudos apresentam controvérsias que impossibilitam
a clara compreensão desse fenômeno.
Para esclarecer o efeito benéfico
do etanol sobre a sensibilidade à insulina, estabelecemos no presente
trabalho um modelo experimental confiável, através do qual
poderemos avaliar os mecanismo moleculares envolvidos nesse processo. Ratos
Wistar foram submetidos, por 4 semanas, ao consumo de etanol nas seguintes
concentrações: 0; 0,5; 1,5; 3,0; 4,5; e 7,0% (v/v). Por meio
do Teste de Tolerância à Insulina, verificamos que os ratos
que consumiram etanol a 3% (EtOH 3%) apresentaram constante de decaimento
da glicose 30% maior (p<0,05 vs controle). Nesse grupo (EtOH 3%), confirmamos
a sensibilidade à insulina por meio do Teste de Tolerância
à Glicose (ratos EtOH 3% secretaram 35% menos insulina do que os
ratos controle, para a mesma depuração de glicose) e índice
HOMA-R (diminuição de 41%, p<0,05).
Nesse modelo animal estabelecido
(consumo de etanol a 3,0% por 4 semanas), não verificamos diferença
significativa no perfil lipídico (colesterol total, colesterol HDL
e triglicérides e ácidos graxos). A avaliação
das atividades das enzimas hepáticas ALT e AST demonstrou que não
houve lesão hepática aparente nos ratos que consumiram etanol
a 3,0%. Adicionalmente, não verificamos diferenças significativas
em relação ao conteúdo e fosforilação
de IR-b e IRS-1; e, nem em relação à associação
de IRS-1/PI3-kinase e IRS-2/PI3-kinase. No entanto, o consumo de etanol
a 3% aumentou a fosforilação de IRS-2 (75%, p<0,05) e
de Akt (207%, p<0,05).
Em conclusão, demonstrou-se
em modelo animal de baixo consumo e crônico de etanol, um aumento
na sensibilidade à insulina, que se deve, pelo menos em parte, ao
aumento da resposta ao hormônio no território hepático.
orientadores: Ubiratan Fabres Machado
financiadores: FAPESP (24 meses)
banca: Silvana Auxiliadora Bordin
da Silva
Lício Augusto Velloso e Ubiratan
Fabres Machado
atividade_futura: Bolsista
tipo_instituicao: Instituição
de Ensino e Pesquisa
espectativa_atuacao: Ensino e Pesquisa
area_titulacao: sim