Maurício Maltez Ribeiro


realname: Maurício Maltez Ribeiro
abreviatura: Ribeiro MM
nacionalidade: Brasileira
anonascimento: 1976
sexo: Masculino
nivel: Mestrado
mes_matricula: 07/2001
mes_defesa: 12

[Total de meses: 29]

titulo: Avaliação do controle autonômico cardíaco e da resposta vasodilatadora nas crianças obesas.

linha: Obesidade e Exercício

projeto: Efeito do treinamento físico no controle autonômico e nas variáveis hemodinâmicas nas crianças obesas.

area: Fisiologia

biblioteca: Biblioteca do Instituto de Ciências Biomédicas I
volumes: 1
num_paginas: 88
idioma: Português
palavras_chave: Obesidade; Crianças; Controle autonômico; Exercício; Pressão arterial; Estresse mental

resumo: As alterações cardiovasculares e as alterações nas respostas neurovasculares durante o estresse mental e o exercício físico isométrico estão associadas a obesidade. Entretanto estas alterações ainda não estão descritas na obesidade infantil.
Foram selecionadas e estudadas 37 crianças (idade 9,4 ± 1,0 anos) : 27 normotensas obesas (IMC 27,9 ±  4,4 kg/m2 ) e 10 normotensas eutróficas (IMC 17,4 ± 2,0 kg/m2 ) durante manobras fisiológicas com respostas neurovasculares do controle autonômico cardíaco e vasodilatação periférica muscular. O estresse mental foi induzido pelo teste de conflito cor-palavra (stroop color test) para investigar a resposta neurovascular pela excitação do comando central durante 4 minutos e o exercício físico isométrico (Handgrip) foi realizado a 30% da contração voluntária máxima sustentado durante 3 minutos, para investigar a resposta neurovascular pela excitação do comando central, mecanorreceptores e metaborreceptores.
Foi medido o fluxo sangüíneo do antebraço (FSA) pela pletismografia de oclusão venosa, monitorada e medida a pressão arterial (PA) batimento a batimento (Finapress) e também pelo método oscilométrico (DIXTAL) durante o Handgrip, e a freqüência cardíaca (FC) pelo ECG. Esta monitorização contínua realizada pelo ECG possibilitou o estudo do controle autonômico cardíaco, através da análise espectral da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC).  Foram decompostos os sinais dos componentes de alta (HF) e baixa (LF) freqüência e determinado o balanço autonômico cardíaco pela relação entre os dois componentes (LF/HF). Além de ser calculada a condutância vascular do antebraço (CVA) pela razão entre FSM e PAM.
As medidas basais de FSA foi menor no grupo de crianças obesas quando comparadas as crianças magras (2,76 ± 0,76 vs 3,43 ± 0,88 ml/min/100g, respectivamente. P = 0,03). A PAM do grupo obeso foi maior do que a PAM do grupo magro (81,9 ± 9,4 vs 73,0 ± 14,5, respectivamente. P = 0,05). A FC foi semelhante entre os grupos. Porem, os valores de CVA foram menores nas crianças obesas quando comparadas as crianças magras (3,6 ± 1,4 vs 5,1 ± 1,7 unidades, respectivamente. P = 0,008). Os resultados do controle autonômico cardíaco demostram um balanço diferenciado entre os grupos estudados, com o grupo de crianças obesas em repouso apresentando um balanço parassimpático diminuído quando comparado ao grupo de crianças eutróficas (P _<0.05).
Durante o estresse mental as crianças obesas obtiveram respostas atenuadas de fluxo sangüíneo do antebraço (P _< 0.05), assim como uma menor condutância vascular periférica (P _< 0.05), quando foram comparadas as respostas das crianças magras, mesmo com uma maior resposta da pressão arterial (P _< 0.05). A resposta de FC foi maior nas crianças obesas do que nas crianças magras durante o protocolo experimental de estresse mental.
No exercício isométrico as crianças magras responderam com um maior aumento de CVA, enquanto que as crianças obesas não responderam com aumento na CVA , (P _< 0.05), apresentando uma menor resposta de aumento do FSA (P _< 0.05) mesmo com uma maior resposta na PAM, quando comparadas as crianças magras que não demonstram aumentos de PAM durante os 3 minutos de exercício.
Durante as duas manobras fisiológicas de estimulação neurovascular foi observado comportamentos distintos no balanço autonômico cardíaco entre os grupos estudados. Ou seja, o grupo obeso aumentou o componente simpático cardíaco quando comparado ao repouso (P _< 0.05). Porém, o grupo de crianças eutróficas obteve uma diminuição do componente parassimpático ao coração (P _< 0.05).
Portanto, estes dados demonstram que crianças obesas apresentam alterações cardiovasculares e alterações nas respostas vasodilatadoras que comprometem suas adaptações as situações de estresse mental e/ou físico e, principalmente, estas respostas levam a criança obesa à implicações clinicas importantes, aumentando o risco de acidentes cardiovasculares.

orientadores: Sandra Mara Ferreira Villares

financiadores: Nenhum

banca: Fabio Bessa
Maria Tereza Zanella
Sandra Mara Ferreira Villares

vinculo_empregaticio: Com vínculo
tipo_instituicao: Empresa Pública ou Estadual
espectativa_atuacao: Ensino e Pesquisa
area_titulacao: sim