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titulo: Avaliação do controle autonômico cardíaco e da resposta vasodilatadora nas crianças obesas.
linha: Obesidade e Exercício
projeto: Efeito do treinamento físico no controle autonômico e nas variáveis hemodinâmicas nas crianças obesas.
area: Fisiologia
biblioteca: Biblioteca do Instituto
de Ciências Biomédicas I
volumes: 1
num_paginas: 88
idioma: Português
palavras_chave: Obesidade; Crianças;
Controle autonômico; Exercício; Pressão arterial; Estresse
mental
resumo: As alterações
cardiovasculares e as alterações nas respostas neurovasculares
durante o estresse mental e o exercício físico isométrico
estão associadas a obesidade. Entretanto estas alterações
ainda não estão descritas na obesidade infantil.
Foram selecionadas e estudadas 37
crianças (idade 9,4 ± 1,0 anos) : 27 normotensas obesas (IMC
27,9 ± 4,4 kg/m2 ) e 10 normotensas eutróficas (IMC
17,4 ± 2,0 kg/m2 ) durante manobras fisiológicas com respostas
neurovasculares do controle autonômico cardíaco e vasodilatação
periférica muscular. O estresse mental foi induzido pelo teste de
conflito cor-palavra (stroop color test) para investigar a resposta neurovascular
pela excitação do comando central durante 4 minutos e o exercício
físico isométrico (Handgrip) foi realizado a 30% da contração
voluntária máxima sustentado durante 3 minutos, para investigar
a resposta neurovascular pela excitação do comando central,
mecanorreceptores e metaborreceptores.
Foi medido o fluxo sangüíneo
do antebraço (FSA) pela pletismografia de oclusão venosa,
monitorada e medida a pressão arterial (PA) batimento a batimento
(Finapress) e também pelo método oscilométrico (DIXTAL)
durante o Handgrip, e a freqüência cardíaca (FC) pelo
ECG. Esta monitorização contínua realizada pelo ECG
possibilitou o estudo do controle autonômico cardíaco, através
da análise espectral da variabilidade da freqüência cardíaca
(VFC). Foram decompostos os sinais dos componentes de alta (HF) e
baixa (LF) freqüência e determinado o balanço autonômico
cardíaco pela relação entre os dois componentes (LF/HF).
Além de ser calculada a condutância vascular do antebraço
(CVA) pela razão entre FSM e PAM.
As medidas basais de FSA foi menor
no grupo de crianças obesas quando comparadas as crianças
magras (2,76 ± 0,76 vs 3,43 ± 0,88 ml/min/100g, respectivamente.
P = 0,03). A PAM do grupo obeso foi maior do que a PAM do grupo magro (81,9
± 9,4 vs 73,0 ± 14,5, respectivamente. P = 0,05). A FC foi
semelhante entre os grupos. Porem, os valores de CVA foram menores nas
crianças obesas quando comparadas as crianças magras (3,6
± 1,4 vs 5,1 ± 1,7 unidades, respectivamente. P = 0,008).
Os resultados do controle autonômico cardíaco demostram um
balanço diferenciado entre os grupos estudados, com o grupo de crianças
obesas em repouso apresentando um balanço parassimpático
diminuído quando comparado ao grupo de crianças eutróficas
(P _<0.05).
Durante o estresse mental as crianças
obesas obtiveram respostas atenuadas de fluxo sangüíneo do
antebraço (P _< 0.05), assim como uma menor condutância
vascular periférica (P _< 0.05), quando foram comparadas as respostas
das crianças magras, mesmo com uma maior resposta da pressão
arterial (P _< 0.05). A resposta de FC foi maior nas crianças
obesas do que nas crianças magras durante o protocolo experimental
de estresse mental.
No exercício isométrico
as crianças magras responderam com um maior aumento de CVA, enquanto
que as crianças obesas não responderam com aumento na CVA
, (P _< 0.05), apresentando uma menor resposta de aumento do FSA (P
_< 0.05) mesmo com uma maior resposta na PAM, quando comparadas as crianças
magras que não demonstram aumentos de PAM durante os 3 minutos de
exercício.
Durante as duas manobras fisiológicas
de estimulação neurovascular foi observado comportamentos
distintos no balanço autonômico cardíaco entre os grupos
estudados. Ou seja, o grupo obeso aumentou o componente simpático
cardíaco quando comparado ao repouso (P _< 0.05). Porém,
o grupo de crianças eutróficas obteve uma diminuição
do componente parassimpático ao coração (P _< 0.05).
Portanto, estes dados demonstram
que crianças obesas apresentam alterações cardiovasculares
e alterações nas respostas vasodilatadoras que comprometem
suas adaptações as situações de estresse mental
e/ou físico e, principalmente, estas respostas levam a criança
obesa à implicações clinicas importantes, aumentando
o risco de acidentes cardiovasculares.
orientadores: Sandra Mara Ferreira Villares
financiadores: Nenhum
banca: Fabio Bessa
Maria Tereza Zanella
Sandra Mara Ferreira Villares
vinculo_empregaticio: Com vínculo
tipo_instituicao: Empresa Pública
ou Estadual
espectativa_atuacao: Ensino e Pesquisa
area_titulacao: sim