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titulo: O treinamento físico e o destreinamento aumentam a responsabilidade à insulina no tecido adiposo branco
linha: Fisiologia do Tecido Adiposo
projeto: Repercussões metabólicas do treinamento físico sobre o metabolismo do tecido adiposo branco de ratos
area: Fisiologia Endócrina
biblioteca: Instituto de Ciências
Biomédicas Prédio I, Universidade de São Paulo
volumes: 1
num_paginas: 74
idioma: Português
palavras_chave: tecido adiposo; insulina;
exercício físico; obesidade; resistência à insulina;
metabolismo glicídico
resumo: O treinamento físico têm sido utilizado nas últimas décadas como estratégia preventiva e terapêutica no tratamento de doenças caracterizadas pela resistência à insulina e diminuição da captação periférica de glicose. Contudo, estudos que demonstrem os efeitos da interrupção do treinamento físico, fato caracterizado como destreinamento, sobre o metabolismo glicídico e a ação da insulina não apresentam resultados conclusivos. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do treinamento físico e subseqüente destreinamento sobre o metabolismo glicídico e a ação da insulina em adipócitos isolados de ratos. Ratos Wistar foram divididos em: Treinados (T7 1 h/d, 5 d/sem, durante 7 sem) e Destreinados (D5-treinados por 7 sem e destreinados por 5). Animais sedentários, pareados pela idade (S7 e S12) foram usados como controles. Ao longo do período experimental foram avaliados peso corporal, ganho de peso corporal e ingestão alimentar. Ao final de 7 e 12 semanas determinamos o VO2máx. Após 7 e 12 semanas de protocolo os animais foram sacrificados e o tecido adiposo peri-epididimal excisado, sendo seus adipócitos isolados. Captação de glicose estimulada por insulina, oxidação e incorporação de glicose em lipídeos (IGL), ligação específica da insulina ao seu receptor, volume celular e peso dos coxins peri-epididimais foram determinados. Além disso, o sangue foi coletado para dosagem de glicose e posterior dosagem de insulina. O músculo solear foi retirado para a dosagem da atividade máxima da citrato sintase. O tecido adiposo intacto foi utilizado para a dosagem da atividade enzimática máxima da G6PDH e quantificação de seu mRNA, além do mRNA do PPARg. Por fim, determinamos o conteúdo protéico e o grau de fosforilação de proteínas envolvidas na tradução do sinal insulínico. Obtivemos os seguintes resultados: T7 mostrou maior VO2máx. (27,6 %; p<0,05) em relação a S7. T7 demonstrou maior atividade máxima da citrato sintase solear (42%; p<0,05) em relação a S7. D5 demonstrou maior (157 ± 3,8 vs. 139 ± 4,4 g; p<0,05) ganho de peso corporal em relação à S12. T7 demonstrou menor volume dos adipócitos em relação a S7 (205 ± 16,8 vs. 286 ± 26,42; p<0,05). Os animais treinados e destreinados mostraram menores glicemias (T7=89 ± 2.3 vs. S7=96 ± 1.3; D5=98 ± 1.1 vs. S12=102 ± 2.2; p<0,05) e insulinemias (T7=1,35 ± 0,07 vs. S7=2,36 ± 0,28; D5=2,67 ± 0,25 vs. S12=5,36 ± 0,25; p<0,05) em relação aos seus respectivos controles. Quanto à captação de 3H-desoxi D-glicose, T7 apresentou maior captação estimulada pela insulina em relação à S7 (1,9 vezes) assim como o grupo D5 maior captação em relação à S12 (1,9 vezes). O delta da IGL foi maior (p<0,05) em T7 (44,6 ± 10,1) quando comparados a S7 (15,0 ± 6,3). A fosforilação do IR-b estimulada por insulina foi 1,58 (p<0,05) vezes maior em D5 em relação a S12. A fosforilação estimulada por insulina do IRS-1 aumentou em T7 e D5 (1,57 e 1,71 vezes, respectivamente; p<0,05) quando comparado a S7 e S12. A associação do IRS-1 à PI3-K após estímulo insulínico aumentou em T7 e D5 (2,06 e 1,65 vezes, respectivamente; p<0,05) quando comparados a seus controles. A fosforilação basal e estimulada por insulina do IRS-2 aumentou em T7 (2,38 vezes; p<0,05) em relação a S12, porém diminui em D5 (1,76 vezes; p<0,05) em relação a S12. O grau de fosforilação da AKT aumentou em T7 e D5 (3,15 e 3,18 vezes, respectivamente; p<0,05) após 90 segundos de estímulo insulínico quando comparados aos seus controles. Os animais treinados (T7) apresentaram maior (1,6 vezes; p<0,05) expressão do mRNA do PPARg (p<0,05) em relação aos animais sedentários pareados por idade (S7). Tendo em vista os resultados acima descritos concluímos que: 1. O aumento da responsividade à insulina observada nos animais treinados e destreinados pode ser explicado pelo aumento do grau de fosforilação do IRS-1, de sua associação a PI3-K e pelo aumento do grau de fosforilação da AKT; 2. O aumento da expressão gênica do PPARg em função do treinamento físico sugere aumento da adipogênese e uma possível contribuição desta proteína na modulação da ação da insulina no tecido adiposo; 3. O maior ganho de peso nos animais destreinados pode ser conseqüência da maior responsividade observada nestes animais.
orientadores: Fábio Bessa Lima
financiadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Duração de 48 meses.
vinculo_empregaticio: Com vínculo
tipo_instituicao: Instituição
de Ensino e Pesquisa
espectativa_atuacao: Ensino e Pesquisa
area_titulacao: sim
COMISSÃO JULGADORA DA
TESE DE DOUTORADO DO(A) CANDIDATO(A)
SIDNEY BARNABÉ PERES
JUNTO AO PROGRAMA DE FISIOLOGIA HUMANA
DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS
BIOMÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Titulo da Tese: "O treinamento
físico e o destreinamento aumentam a responsabilidade
à insulina no tecido adiposo branco".
Titulares:
1.) Prof. Dr. LICIO AUGUSTO
VELOSO
Professor Livre-Docente do Departamento
de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Estadual de Campinas.
2.) Profa. Dra. CLAUDIA LUCIA
DE MORAES FORJAZ
Professor Doutor do Departamento de Biodinâmica
do Movimento do Corpo Humano da Escola de Educação Física
e Esportes da Universidade
de São Paulo.
3.) Profa. Dra. CARLA ROBERTA
DE OLIVEIRA CARVALHO
Professor Doutor do Departamento de Fisiologia e
Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo.
4.) Profa. Dra. SILVANA AUXILIADORA
BORDIN DA SILVA
Professor Doutor do Departamento de Fisiologia e
Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo.
5.) Orientador(a): Prof. Dr. FABIO BESSA LIMA
Professor Associado do Departamento de Fisiologia
e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo.
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Aprovada pela Comissão
de Pós-Graduação do ICB/USP,
em reunião realizada a
11 de dezembro de 2003.
Prof. Dr. José Cipolla
Neto
Presidente