Sidney Barnabé Peres


realname: Sidney Barnabé Peres
abreviatura: Peres SB
nacionalidade: Brasileira
anonascimento: 1972
sexo: Masculino
nivel: Doutorado
mes_matricula: Jan/2000
mes_defesa: Março

[Total de meses: 50]

titulo: O treinamento físico e o destreinamento aumentam a responsabilidade à insulina no tecido adiposo branco

linha: Fisiologia do Tecido Adiposo

projeto: Repercussões metabólicas do treinamento físico sobre o metabolismo do tecido adiposo branco de ratos

area: Fisiologia Endócrina

biblioteca: Instituto de Ciências Biomédicas Prédio I, Universidade de São Paulo
volumes: 1
num_paginas: 74
idioma: Português
palavras_chave: tecido adiposo; insulina; exercício físico; obesidade; resistência à insulina; metabolismo glicídico

resumo: O treinamento físico têm sido utilizado nas últimas décadas como estratégia preventiva e terapêutica no tratamento de doenças caracterizadas pela resistência à insulina e diminuição da captação periférica de glicose. Contudo, estudos que demonstrem os efeitos da interrupção do treinamento físico, fato caracterizado como destreinamento, sobre o metabolismo glicídico e a ação da insulina não apresentam resultados conclusivos. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do treinamento físico e subseqüente destreinamento sobre o metabolismo glicídico e a ação da insulina em adipócitos isolados de ratos. Ratos Wistar foram divididos em: Treinados (T7 1 h/d, 5 d/sem, durante 7 sem) e Destreinados (D5-treinados por 7 sem e destreinados por 5). Animais sedentários, pareados pela idade (S7 e S12) foram usados como controles. Ao longo do período experimental foram avaliados peso corporal, ganho de peso corporal e ingestão alimentar. Ao final de 7 e 12 semanas determinamos o VO2máx. Após 7 e 12 semanas de protocolo os animais foram sacrificados e o tecido adiposo peri-epididimal excisado, sendo seus adipócitos isolados. Captação de glicose estimulada por insulina, oxidação e incorporação de glicose em lipídeos (IGL), ligação específica da insulina ao seu receptor, volume celular e peso dos coxins peri-epididimais foram determinados. Além disso, o sangue foi coletado para dosagem de glicose e posterior dosagem de insulina. O músculo solear foi retirado para a dosagem da atividade máxima da citrato sintase. O tecido adiposo intacto foi utilizado para a dosagem da atividade enzimática máxima da G6PDH e quantificação de seu mRNA, além do mRNA do PPARg. Por fim, determinamos o conteúdo protéico e o grau de fosforilação de proteínas envolvidas na tradução do sinal insulínico. Obtivemos os seguintes resultados: T7 mostrou maior VO2máx. (27,6 %; p<0,05) em relação a S7. T7 demonstrou maior atividade máxima da citrato sintase solear (42%; p<0,05) em relação a S7. D5 demonstrou maior (157 ± 3,8 vs. 139 ± 4,4 g; p<0,05) ganho de peso corporal em relação à S12. T7 demonstrou menor volume dos adipócitos em relação a S7 (205 ± 16,8 vs. 286 ± 26,42; p<0,05). Os animais treinados e destreinados mostraram menores glicemias (T7=89 ± 2.3 vs. S7=96 ± 1.3; D5=98 ± 1.1 vs. S12=102 ± 2.2; p<0,05) e insulinemias (T7=1,35 ± 0,07 vs. S7=2,36 ± 0,28; D5=2,67 ± 0,25 vs. S12=5,36 ± 0,25; p<0,05) em relação aos seus respectivos controles. Quanto à captação de 3H-desoxi D-glicose, T7 apresentou maior captação estimulada pela insulina em relação à S7 (1,9 vezes) assim como o grupo D5 maior captação em relação à S12 (1,9 vezes). O delta da IGL foi maior (p<0,05) em T7  (44,6 ± 10,1) quando comparados a S7 (15,0 ± 6,3). A fosforilação do IR-b estimulada por insulina foi 1,58 (p<0,05) vezes maior em D5 em relação a S12. A fosforilação estimulada por insulina do IRS-1 aumentou em T7 e D5 (1,57 e 1,71 vezes, respectivamente; p<0,05) quando comparado a S7 e S12. A associação do IRS-1 à PI3-K após estímulo insulínico aumentou em T7 e D5 (2,06 e 1,65 vezes, respectivamente; p<0,05) quando comparados a seus controles. A fosforilação basal e estimulada por insulina do IRS-2 aumentou em T7 (2,38 vezes; p<0,05) em relação a S12, porém diminui em D5 (1,76 vezes; p<0,05) em relação a S12. O grau de fosforilação da AKT aumentou em T7 e D5 (3,15 e 3,18 vezes, respectivamente; p<0,05) após 90 segundos de estímulo insulínico quando comparados aos seus controles. Os animais treinados (T7) apresentaram maior (1,6 vezes; p<0,05) expressão do mRNA do PPARg (p<0,05) em relação aos animais sedentários pareados por idade (S7). Tendo em vista os resultados acima descritos concluímos que: 1. O aumento da responsividade à insulina observada nos animais treinados e destreinados pode ser explicado pelo aumento do grau de fosforilação do IRS-1, de sua associação a PI3-K e pelo aumento do grau de fosforilação da AKT; 2. O aumento da expressão gênica do PPARg em função do treinamento físico sugere aumento da adipogênese e uma possível contribuição desta proteína na modulação da ação da insulina no tecido adiposo; 3. O maior ganho de peso nos animais destreinados pode ser conseqüência da maior responsividade observada nestes animais.

orientadores: Fábio Bessa Lima

financiadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Duração de 48 meses.

vinculo_empregaticio: Com vínculo
tipo_instituicao: Instituição de Ensino e Pesquisa
espectativa_atuacao: Ensino e Pesquisa
area_titulacao: sim

banca

COMISSÃO JULGADORA DA TESE DE DOUTORADO DO(A) CANDIDATO(A)

SIDNEY BARNABÉ PERES

JUNTO AO PROGRAMA DE FISIOLOGIA HUMANA

  DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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Titulo da Tese: "O treinamento físico e o destreinamento aumentam a responsabilidade à insulina no tecido adiposo branco".

 

Titulares:

1.) Prof. Dr. LICIO AUGUSTO VELOSO

Professor Livre-Docente do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

 

2.) Profa. Dra. CLAUDIA LUCIA DE MORAES FORJAZ

Professor Doutor do Departamento de Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano da Escola de Educação Física e Esportes  da Universidade de São Paulo.

 

3.) Profa. Dra. CARLA ROBERTA DE OLIVEIRA CARVALHO

Professor Doutor do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

 

4.) Profa. Dra. SILVANA AUXILIADORA BORDIN DA SILVA

Professor Doutor do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

 

5.) Orientador(a):  Prof. Dr. FABIO BESSA LIMA

Professor Associado do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

 

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Aprovada pela Comissão de Pós-Graduação do ICB/USP,

em reunião realizada a 11 de dezembro de 2003.

 

Prof. Dr. José Cipolla Neto
Presidente