Maria Isabel Cardoso Alonso Vale


realname: Maria Isabel Cardoso Alonso Vale
abreviatura: Alonso-Vale MIC
nacionalidade: Brasileira
anonascimento: 1976
sexo: feminino
nivel: Doutorado
mes_matricula: abril/2001
mes_defesa: abril


[Total de meses: 48]

titulo: A melatonina modula a síntese e a liberação de leptina por adipócitos isolados em cultura primária

linha: Fisiologia do Tecido Adiposo

projeto: Bases metabólicas da melhoria na resposta celular à insulina induzida pelo treinamento físico.

area: 2.07.02.05-1 - Fisiologia Endócrina

biblioteca: Biblioteca do Instituto de Ciências Biomédicas (SBiB)

volumes: 01

num_paginas: 150

idioma: português

palavras_chave: cultura primária de adipócitos; expressão de leptina; exposição circadiana à melatonina; insulina; dexametasona

resumo: Leptina e melatonina têm importante papel na regulação da massa corpórea, e apresentam um ritmo circadiano de liberação (com valores aumentados à noite). Recentemente, receptores de melatonina foram descritos em adipócitos, onde é sintetizada a leptina. Neste trabalho, investigamos a participação da melatonina e sua interação com insulina e dexametasona sobre a expressão de leptina. Para isto, adipócitos isolados de ratos foram incubados em D’MEM contendo melatonina (1 nM), sozinha ou em combinação com insulina (5nM) e/ou dexametasona (7nM) agudamente (por 6h), ou cronicamente (por até 60h). Os adipócitos também foram incubados na presença e ausência de forskolin (25mM), toxina pertussis (75 ng/ml) e antagonistas de receptor de melatonina: luzindol ou 4P-PDOT (10 mM), para estudos de mecanismo de ação da melatonina. Para as incubações prolongadas (60 h), o meio foi trocado a cada 24 h, e, com o objetivo de simular o processo fisiológico, a melatonina foi adicionada intermitentemente em períodos consecutivos de 12 h (12h+/12h-, mimetizando o período escuro e claro, respectivamente) no meio de incubação. Paralelamente, foram também realizadas incubações cujos adipócitos foram tratados continuamente (12h+/12h+) por 60h na presença de melatonina. Ao final, alíquotas do meio foram coletadas para dosagem de leptina e as céls processadas para extração do RNAm e quantificação de leptina por RT-PCR, ou ainda, realizados estudos de sinalização intracelular da insulina em extrato celular total ou imunoprecipitado. Após 6h de incubação, melatonina ou insulina, isoladamente, não modificaram a produção de leptina, mas associados, sinegisticamente aumentaram este processo (120%). Dexametasona provocou um aumento da síntese de leptina (105%) após 6 h de incubação, e este efeito não foi maior na presença da melatonina; entretanto, após 60h de incubação, observamos um importante sinergismo entre melatonina e dexametasona sobre a síntese e liberação de leptina (aumento de 75% comparado ao efeito da dexametasona sozinha); estes efeitos foram evidenciados apenas no modelo de tratamento intermitente com melatonina. O tratamento simultâneo dos adipócitos com os três hormônios (melatonina/insulina/dexametasona) provocou um aumento ainda maior na expressão (100%) e liberação (250%) de leptina. A melatonina impediu a queda (95%) da expressão de leptina induzida por forskolin; além disso, o efeito da melatonina sob a liberação de leptina foi totalmente bloqueado por toxina pertussis e luzindol. Para uma melhor compreensão da base molecular pelo qual a melatonina e a insulina se interagem, algumas etapas da via de sinalização da insulina foram investigadas. A melatonina aumentou a fosforilação em IRb induzida por insulina; este sinal mais intenso se propagou até a proteína AKT; quando luzindol foi associado à melatonina este efeito foi abolido. Nós concluimos que a melatonina exerce um papel fundamental sobre o processo de síntese e liberação da leptina estimulada pela insulina. Estes efeitos devem-se à ligação da melatonina em seus receptores de membrana, acoplados negativamente à proteína G sensível à toxina pertussis (subtipo MT1) e cross-talk com insulina, uma vez que a ativação do receptor de insulina bem como uma etapa a juzante da via de sinalização, AKT, são co-ativados pela melatonina. Adicionalmente, a exposição circadiana das células à melatonina foi testada num modelo in vitro de cultura primária de adipócitos. Este modelo de intermitência mostrou-se essencial (quando melatonina foi empregada cronicamente) para interagir com insulina e/ou dexametasona, potencializando os efeitos destes hormônios sobre a biossíntese da leptina. Este estudo tem o mérito de propor uma abordagem mais fisiológica para a compreensão de efeitos biológicos em modelos que envolvam incubações celulares prolongadas. Neste caso, foi particularizada uma simulação de um efeito circadiano da melatonina, até o presente, inédita em pesquisa com células isoladas.

orientadores: Fabio Bessa Lima

financiadores: Fapesp - (48 meses)


vinculo_empregaticio: Bolsista
tipo_instituicao: Intituição de
Ensino e Pesquisa
espectativa_atuacao: Pesquisa
area_titulacao: sim

banca:

COMISSÃO JULGADORA DA TESE DE DOUTORADO DO(A) CANDIDATO(A)

MARIA ISABEL CARDOSO ALONSO VALE

JUNTO AO PROGRAMA DE FISIOLOGIA HUMANA DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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Titulo da Tese: "A melatonina modula a síntese e a liberação de leptina por adipócitos isolados em cultura primária”.

 

Titulares:

1.) Prof. Dr. ROBERTO BARBOSA BAZOTTE

Professor Titular do Departamento de Farmácia e Farmacologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá - PR.

 

2.) Prof. Dr. MARIO JOSÉ ABDALLA SAAD

Professor Titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

 

3.)  Profa. Dra. REGINA CELIA MELLO SANTIAGO MOISÉS

Professor Adjunto do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.

 

4.). Prof. Dr. JOSÉ CIPOLLA NETO

Professor Associado do Departamento de Fisiologia Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

 

5.) Orientador(a): Prof. Dr. FABIO BESSA LIMA

Professor Associado do Departamento de Fisiologia Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.
 

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Aprovada pela Comissão de Pós-Graduação do ICB/USP,

em reunião realizada a 09 de março de 2005.

 

 

Prof. Dr. José Cipolla Neto

Presidente